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Estampas inspiram Experiências com mais sabor.
Está enganado quem pensa que comemos só com a boca. Antes de comer, recebemos estímulos diversos, visuais, auditivos, pelo tato e até pela memória.
Quem nunca ficou inebriado com a lembrança do bolo da avó? Por vezes, a boca chega a salivar com a recordação.
Sim, cada um desses estímulos interfere diretamente na nossa percepção de sabor. Quem explica isso é a neurocientista Fabiana Carvalho, doutora em Psicobiologia pela USP e University of Glasgow e pós-doutora pelo Institute of Psychiatry, King’s College London. Fabiana desenvolve estudos em diversos países sobre a percepção multissensorial (nossa capacidade de perceber os estímulos com diversos sentidos) e defende que o aspecto visual do recipiente é tão importante quanto o sabor do alimento ou bebida servidos ali. “A apreciação hedônica se inicia com o sentido da visão. Se o consumidor é estimulado esteticamente, o seu humor melhora antes de colocar o alimento na boca. A beleza do recipiente o tira do estado de indiferença, de automaticidade. A beleza captura a sua atenção e sua emoção. Agora sim ele está pronto para apreciar o conteúdo”, explica.
O design de embalagens também faz parte da experiência que, nós, como consumidores, estamos tendo ao adquirir este ou aquele produto. Pedro Mattos, designer e sócio da agência Molécula, acredita que a embalagem potencializa a experiência sensorial do produto. “O sabor se encerra nele mesmo e, por mais delicioso que um chocolate seja, talvez consigamos apreciar a pureza dos ingredientes, o cuidado na confecção ou notas de seu terroir, mas nada além disso. Com a imagem conseguimos mostrar textura, intensidade, precisão e equilíbrio dos ingredientes, delicadeza e outros atributos que talvez nem sejam notados apenas com o paladar” explica.
As embalagens ajudam também as marcas a contarem suas histórias, a história de cada produto, do produtor, do ingrediente. Foi o caso das estampas das barras de chocolate da Dengo, que Pedro desenvolveu ao lado de duas ilustradoras, Natália Ko e Julia Bink. Com uma linguagem própria e diferentes recursos artísticos, os ilustradores trouxeram como inspiração para construir essa história elementos como a origem da produção do cacau, a floresta e a moda brasileira, o produtor, a fauna, os frutos e até o clima tropical da Cabruca. “Nas estampas, falamos de origem, de Brasil como inspiração, de jeito Baiano, de pessoas e criatividade. Isso só a imagem e a experiência estética consegue construir”, conta Pedro.